quarta-feira, 31 de março de 2010

Novo membro da equipa VitriMedia


Aqui está ele! O mais recente membro da equipa VitriMedia: Temos o prazer de apresentar o Ivo Martins, que está a trabalhar connosco na área da comunicação online. Ele já anda a mexer nos nossos facebook e twitter, por isso se a coisa falhar já sabem de quem é a culpa. Lol.

Escolhemo-lo porque ele combina muito bem a irreverência com o conhecimento das redes sociais. Algures entre a filosofia, as relações internacionais e o turismo, tem um percurso marcado pela criatividade que muito ajudou a que tenha sido ele o nosso escolhido.

Podem ficar com uma ideia do trabalho dele em www.twitter.com/odesfraldado ou podem espreitar a secção equipa do nosso site, em www.vitrimedia.com. Daqui a uns dias vamos lançar uma campanha coordenada por ele, por isso fiquem atentos!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Análise das candidaturas a um anúncio de emprego


Nota: este post refere-se a um anúncio colocado pela VitriMedia no dia 10 de Março de 2010 (procura-se criativo para redes sociais).


Creio que um processo de candidatura merece retorno, para além de respeito, como é óbvio. Julgo que uma maneira de agradecer pode ser esta: uma resposta em que ficam algumas pistas sobre o modo como estas coisas são analisadas e como estes processos decorrem. Não pretendo ser exemplar, e sei que algumas coisas que seguem deixarão de cabelos em pé muitos departamentos de recursos humanos. Mas creio que quem anda à procura de emprego não vai desperdiçar o tempo que demora a ler as linhas que se seguem. Obviamente, estão desde já convidados a comentar e a prolongar esta conversa, em público ou em privado (os meus links seguem no fim).

O nível geral das candidaturas foi muito bom. Recebemos, em 48 horas, 213 candidaturas. Destas, 10% eram de paraquedistas (gente sem qualquer apetência expressa para comunicação e que manda o mesmo cv para todo o lado), 5% eram de sobrequalificados para o trabalho (gente muito pró, já batida em campanhas online), 70% de pessoas perfeitamente capazes (que podiam trabalhar muito bem a campanha mas que por uma ou outra razão não tinham o perfil exacto), e 15% de pessoas que se adaptavam na perfeição. Em resultado, passei dois dias e duas noites a ler blogs, a pesquisar fb e tw, e a entender modos de comunicação online. Não foi de todo um sacrifício: encontrei muita gente verdadeiramente criativa, li textos brilhantes, vi abordagens muito interessantes aos meios online. Guardei alguns Cv para memória futura, recomendei alguns textos a amigos, e acima de tudo aprendi muito.

Deu para confirmar algumas tendências: que o facebook é omnipresente, que o twitter é ainda pouco utilizado pelas faixas etárias mais jovens, que há vários blogs muito interessantes, que as pessoas provavelmente acabam por expor mais online do que aquilo que gostariam ou deveriam.

Voltando ao processo de selecção: este é sempre um mecanismo ingrato. Não quer dizer que a pessoa escolhida seja melhor que esta ou aquela pessoa que se candidatou. Neste processo de selecção, tal como noutros, o que interessa é que o candidato corresponda a um determinado perfil que o empregador tem em mente. Neste caso o que queríamos era alguém com capacidade de comunicação (implicava saber escrever bom português), criativo, e com domínio das várias ferramentas de comunicação online.

Por isto, excluí logo na primeira triagem quem não tinha pelo menos dois meios online de comunicação (facebook/twitter/linkedIn/youtube/blogs/blip, ou outros). Excluí também quem tinha erros de português no Cv ou nos textos online (não falo de gralhas como «trablho», falo de erros como «disses-te» ou «à dez anos». Chamem-me antiquado, mas creio que quem não sabe escrever (ou não se dá ao trabalho de rever) o próprio Cv fará o mesmo num futuro emprego. Na segunda triagem, dada a excelente qualidade média das candidaturas, optei por destacar quem melhor escrevia – o que implicou deitar fora quem usa outros meios de expressão preferenciais, como a fotografia, o design ou a ilustração (esta foi a fase em que terei corrido mais riscos de ser injusto, mas o que necessitava para o projecto em concreto era de boa escrita). Na terceira fase, tentei perceber quem melhor promovia a sua própria marca – fosse através de uma carta de apresentação original, de uma postura online diferenciada conforme o meio, de abordagens criativas nos blogs, etc. Na quarta fase, entrevistei sete pessoas – todas elas excelentes e que se revelaram surpreendentes na entrevista. Para além dos entrevistados, mandei mais cinco mails a pessoas com quem quero falar para outros projectos e guardei onze emails cujos autores espero contactar a breve prazo no desenvolvimento de projectos futuros.

Creio que consegui o que procurávamos, que era alguém capaz de interpretar a nossa política de comunicação online (já agora, ela é pública e está aqui) e de a adaptar a um projecto difícil de comunicar. Para isso queríamos alguém criativo, irreverente, rápido a pensar e com boa capacidade de escrita. Estamos muito satisfeitos com a escolha, mas em última análise serão vocês, a comunidade online portuguesa, que dará conta da qualidade do trabalho que foi feito. Para a semana vamos apresentar aqui no blog e no nosso site a pessoa escolhida. Resta-me agradecer a vossa candidatura. Espero sinceramente poder vir a trabalhar com muitas das pessoas verdadeiramente brilhantes com que me cruzei virtualmente, pelo que vos convido desde já a responder às nossas próximas consultas ao mercado.


Diogo Queiroz de Andrade


dqandrade@gmail.com | www.vitrimedia.com | www.twitter.com/dqandrade | www.facebook.com | www.linkedin.com/in/dqandrade

Regresso do Blog


Este site vai ser reactivado dentro de momentos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


O Mipcom é o maior mercado mundial de televisão e tem por hábito antecipar as novidades da televisão. Funciona para o pequeno ecrã como as passerelles de Milão para a moda, lançando tendências e consagrando nomes no mercado. Em cima do fecho da edição deste ano, fica um pequeno resumo para que se saiba a quantas anda o mercado internacional de tv e aquilo que vai estar no ar nos próximos tempos. Para quem não faz ideia como a coisa funciona, uma breve explicação: produtoras do mundo inteiro vêem para Cannes com as suas melhores ideias de programas (formatos, filmes, documentários, etc.) e montam stands onde os exibem; os directores de canais do mundo todo cruzam os corredores e compram o que podem, o que lhes apetece e o que está livre. É portanto um supermercado de programas de tv, que abastece os ecrãs com programas bons, maus, muito maus e excelentes. Este ano, a coisa está a ser um bocado esquizofrénica. Enquanto nas salas de conferências se discute seriamente o fim do modelo da tv tal como o conhecemos e as suas implicações para os produtores e canais, no salão principal compra-se alegremente por somas alucinantes o melhor-próximo-formato-para-arrasar-a-concorrência-mesmo-que-eu-saiba-que-a-publicidade-não-me-paga-isto. Quatro quintos dos 12 mil visitantes entretém-se a comprar e vender, não vai às conferências e passa alegremente ao lado do que se diz.

DEBATES

As conferências e Debates foram de alto nível e reuniram o melhor de várias indústrias – publicidade, produção, distribuição, tv e online. Em cima da crise, cá vai um resumo do que se disse em três dias assustadores:

- A crise retirou publicidade do mercado esta não volta à TV, porque os índices estão a baixar muito

- A migração de espectadores dos canais generalistas para os especializados vai continuar

- A Alta Definição (HD) já é o padrão, quem não usa vai ficar de fora

- A migração para o digital é imprescindível para a sobrevivência da indústria

- O poder passou em definitivo para as mãos do espectador e os horários já não são assim tão importantes

- O modelo económico actual está esgotado e a procura por outro já arrancou

- A indústria dos jogos online pode ser um bom exemplo para o mercado de tv

- Vamos ter menos ficção e mais reality-shows nos canais generalistas

- Os únicos mercados em que tudo ainda cresce (publicidade, espectadores, horas a ver tv) são a Índia e a China

- Os formatos de reality-show estão a amadurecer e surgem já experiências que misturam ficção com documentário com reality-show

- Vários países consideram estratégico possuir um sector de media e competem entre si, mas a maioria anda a desinvestir

PROGRAMAS

Quem passa meio dia enfiado numa sala de conferências a participar em discussões sobre os efeitos da crise e de repente leva com o ambiente nos stands das produtoras não pode deixar de ter aquela sensação de quem está a assistir a um Titanic em directo e ao vivo… Passado esse choque inicial e assumindo o prazer voyeuristico que a tv provoca, vale a pena perder horas a ver novos formatos. E há produtos excelentes a chegar ao mercado. Vários formatos excelentes: da BBC, da Freemantle, da Endemol e da Shine. Curiosidades extraordinárias do Japão e alguma ficção interessante da China e dezenas de documentários muito apetecíveis – vários dedicados ao ambiente, tema da moda até ao final do ano por causa da conferência de Copenhaga. Mas os destaques vão para os formatos mais originais: o Reflex, game-show da MTV que estreia na Primavera; e The Coffin, O Caixão, formato holandês que é absurdamente simples e provocador. Os nomes famosos também vão dar que falar: o novo show de Jerry Seinfeld, Marriage Ref, é produzido pela Endemol e vai-se espalhar rapidamente pelo mundo. Is or Isn’t It Entertainment, uma surpreendente produção de Lisa Kudrow (actriz mais conhecida por Friends e The Comeback), é um excelente produto que representa bem a tendência de fusão entre reality-show, ficção e ducodrama que aí vem.

Diogo Queiroz de Andrade

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Daqui a dez anos não há canais de televisão

Daqui a dez anos os canais generalistas de tv não vão existir. Há três factores que contribuem para isto: a evolução técnica vai melhorar de modo dramático a experiência de consumo de vídeo online, disponibilizando mais conteúdos de alta definição prontos a consumir quando se desejar. Este facto vai provocar a derradeira crise do modelo de negócio, visto que os custos estruturais dos canais de tv deixarão de ser comportáveis com menos espectadores e com menos receitas publicitárias. Tudo isto ao mesmo tempo que ocorre a mudança de paradigma do consumo vídeo, que até agora era feito de modo passivo e vai passar a ser activo – o espectador escolhe o programa que quer ver à hora que lhe apetece, o intervalo com anúncios desaparece e o negócio da plataforma de distribuição deixa de fazer sentido.

Neste novo modelo algumas coisas se irão manter tal como estão, ou quase. Vão continuar a existir canais temáticos, porque há muito dinheiro para os programadores ganharem nos canais de desporto, sexo, música, informação, etc. Os anunciantes vão continuar a fazer parte do negócio de fornecer conteúdos a quem os quer. E claro que não vão deixar de existir programas, antes pelo contrário, a qualidade de produção será um bem cada vez mais estimado.

A questão é que os produtores de conteúdos se irão disseminar, os fornecedores de conteúdos migram para a net e os consumidores passam a ser os decisores. Tudo boas notícias. Mas alguém em Portugal se está a preparar para isto?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Vitri Media chegou!


A VitriMedia é uma empresa portuguesa de produção de média, especializada em conteúdos editoriais, jornalísticos e de entretenimento. Foi concebida para encorajar um olhar independente e trabalhos jornalísticos com a marca dos seus autores.

Tendo iniciado as suas actividades em 2009, a VitriMedia está especializada em conteúdos televisivos e de internet. O objectivo dos seus projectos é acrescentar valor e qualidade ao cenário mediático português e europeu.

Aceite o desafio e saiba mas em www.vitrimedia.com